As eleições presidenciais de 2014 terminaram no último domingo e com o resultado dela uma enxurrada de posts com comentários sobre a mesma pipocaram nas redes sociais.
O teor das postagens tinha uma variedade de temas como era de se esperar diante de um acontecimento de vital importância para o nosso país, entre eles, os eleitores satisfeitos e os descontentes com o resultado de pleito.
Porém, um dos temas recorrentes foi o conteúdo de teor agressivo contra os eleitores oriundos da região norte e nordeste do Brasil, que foram na opinião de certos eleitores, responsáveis diretos pelo resultado da eleição.
O objetivo desta postagem não é discutir como ocorreu de fato o resultado da eleição, mas sim atentar para um ponto muito tênue entre a liberdade de expressão e injúria. Os artigos jurídicos podem explicitar muito melhor sobre as nuances que compõe esta diferença, porém, acredito que a liberdade de expressão não denigre ninguém, ao passo que a injúria ofende e discrimina alguém ou um grupo específico que pode ser nomeado e distinguido entre os demais.
Desta forma, ao emitirmos uma opinião, devemos atentar sim para o conteúdo dela, já que como adultos somos responsáveis por aquilo que dizemos, escrevemos ou concordamos. Assim, temos que nos atentar para o fato de que a nossa opinião afeta o mundo em que vivemos, pois o tempo todo servimos de modelo para nossos pais, amigos, companheiros e filhos.
Claro que enquanto seres humanos somos eternos aprendizes e podemos portanto rever opiniões e mudar a nossa postura, porém, o alcance da tecnologia nos propiciou um mundo globalizado onde as informações e notícias circulam de forma excepcionalmente rápida e com um alcance incalculável.
Logo, a nossa responsabilidade se torna ainda maior, já que ao compartilharmos um comentário nas redes sociais, não podemos mensurar a amplitude do mesmo.
Daí é importante compreender que a nossa página na internet, sendo ela no Facebook, Twitter ou outra rede social, ao contrário do que se pensa, é pública e não privada, mesmo que a primeira vista pareça ser nossa, já que possui nossa identidade.
Assim, atente-se para ao alcance de sua rede. Alguém que possui 300 contatos no Facebook, muitas vezes esquece-se que cada contato possui mais 300 outros e assim sucessivamente. Não há informação privada a partir do momento em que você a publica na internet.