O significado de motivação é ir em direção a alguma coisa, avançar, ir em busca de, mover-se. Mas como motivar pessoas se a motivação humana é algo que deve acontecer de dentro para fora? Como modificar as peças para engajar colaboradores e resolver o desafio da motivação?
A desmotivação é o maior desafio que os proprietários de empresas e gestores enfrentam perante seus colaboradores e liderados. Não é à toa que um número grande de treinamentos sejam gastos na tentativa de sanar esse problema.
De acordo com dados da pesquisa da ABTD, Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, mostra que as empresas investiram entre 30% a 40 % a mais em seus colaboradores no ano de 2021, quando comparados ao ano anterior.
Os gastos com treinamento no ano passado foram em média 340 mil reais para empresas com 500 colaboradores, chegando a quase 5 milhões em empresas com mais de 5001 colaboradores.
A motivação é tão importante, devido ao impacto que causa nos resultados da empresa independente de seu segmento e tamanho.
Claro, que milhares de pessoas desempenham suas funções, apenas por necessidade, mas não necessariamente o fazem sem motivação estado ao cliente final, seja no clima organizacional, seja na saúde mental dos envolvidos.
Mas e a tal motivação?
Se investimentos financeiros não faltam, porque será que temos tantas queixas relacionadas à motivação de colaboradores?
Aqui cabe um alerta para empresas que acreditam que somente convocar as palestras motivacionais e investir em treinamento, são suficientes para solucionar os possíveis problemas de gestão de pessoas.
Acreditar nisso, é tão irreal quanto colocar uma mesa de ping-pong no local de trabalho e esperar que isso fará diferença no clima organizacional.
Em outras palavras, é fundamental que as palestras motivacionais estejam vinculadas à praticas diárias e estratégicas que confirmem o que foi dito nos treinamentos. Isso significa que de nada adianta realizar práticas motivacionais, se no dia a dia se mantém práticas que perpetuam uma cultura altamente “desmotivadora” e por vezes tóxicas.
E o que reafirma Priscila Andrade, gerente de Recursos Humanos no Grupo SN, profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH afirma:
“Trabalhos focados em levantamento do cenário atual, construção de caminhos junto com o time para melhorias e mensuração de resultados. Para mim, isso sim pode melhorar a motivação. Não existe milagre no mundo organizacional. Existe trabalho e mensuração de resultados! ”
Fatores que contribuem para a desmotivação de um time
São diversos fatores que pesam na motivação de um time e alguns já falados aqui, tais como:
- Falhas na comunicação ou comunicação ineficiente
- Conflitos internos
- Despreparo de líderes
- Ausência de feedbacks
- Metas inalcançáveis
- Pressão constante por resultados
- Falta de infraestrutura
- Falta de reconhecimento
Mas qual o principal?
Para Mario Sergio Cortella, a falta de reconhecimento é o principal fator de desmotivação de pessoas e eu concordo com ele.
O autor, em seu livro Por que fazemos os que fazemos? explicita que quando não há percepção do trabalho que desempenhamos nem do valor da nossa contribuição para aquele projeto, não há incentivo para fazer diferente.
O reconhecimento precisa vir de alguma forma, seja através de premiações, de maiores oportunidades de crescimento profissional, promoções e inclusive através de feedbacks constantes e assertivos.
Para Mario Sergio Cortella, a falta de reconhecimento é o principal fator de desmotivação de pessoas e eu concordo com ele.
O autor, em seu livro Por que fazemos os que fazemos? explicita que quando não há percepção do trabalho que desempenhamos nem do valor da nossa contribuição para aquele projeto, não há incentivo para fazer diferente.
O reconhecimento precisa vir de alguma forma, seja através de premiações, de maiores oportunidades de crescimento profissional, promoções e inclusive através de feedbacks constantes e assertivos.
Quais são os diferenciais de uma empresa para ter os colaboradores mais motivados?
Na tentativa de solucionar essa charada, a empresa FEEDZ realizou uma pesquisa realizada com 1129 colaboradores de 800 empresas de diversos setores.
A conclusão foi que empresas que tem comunicação clara e alinhamento de cultura com a prática saem na frente: Gestores que realizam reuniões semanais ou mensais, também possuem os colaboradores mais engajados.
Além disso, empresas onde aquilo que está escrito na plaquinha, realmente acontece na prática, possuem o maior índice de funcionários promotores (aqueles que realmente defendem a empresa e vestem a camisa).
Para os colaboradores, compreender claramente suas funções é fundamental: 92% dos entrevistados nas companhias em que o diálogo acontece frequentemente, referem saber o que é esperado deles no trabalho, enquanto que nas companhias onde as trocas não acontecem frequentemente, apenas 68% dos funcionários, responderam que compreendem as expectativas sobre eles.
Pacotes de benefícios e ambiente acolhedor, também são diferenciais muito grandes que impactam no engajamento.
Os benefícios que incluem investimentos em saúde mental e gestão das emoções, além de horário de trambalho flexível, também são valorizados, especialmente em um momento como esse que vivemos a retomada de trabalho, frente a um cenário ainda incerto.
A conclusão é que a empatia parece ser a palavra mais forte utilizada no contexto empresarial nos dias de hoje, onde os profissionais passaram a valorizar muito mais seu equilíbrio emocional e parcerias que priorizem o contexto ganha-ganha.
Tais mudanças, exigem de líderes e gestores, um olhar diferenciado para essas mudanças e um foco ainda mais assertivo em seu desenvolvimento pessoal. A exigência de um profissional com forte Inteligência Emocional passa a ser imperativa para uma atuação humana e sustentável.
Como voce observa que empresas e líderes estão lidando com os desafios da motivação de times? Deixe seu comentário.
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Letícia Rodrigues
*Psicóloga graduada pela PUC/SP e Pós-graduada em Gestão de Marketing pela FAAP;
• Trainer de Colaboradores Corporativos em empresas como Kumon, Hospital Leonor Mendes Barros, SBT, Nike e Metlife;
• Professora de Inteligência Emocional da Escola Conquer, com melhor avaliação do Brasil em agosto de 2019;
• Coach de Carreira na FAAP.
Psicóloga e Coach com especialização em Gestão de Marketing e experiência em atuação empresarial.
Atuo principalmente com o desenvolvimento de Pessoas, utilizando como ferramenta as minhas duas maiores paixões que são as minhas áreas de formação e as técnicas do Coaching.
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