A resiliência é uma habilidade cada vez mais valorizada nos dias de hoje. Seu termo foi emprestado da física pois significa a capacidade que alguns materiais têm de “voltar ao estado anterior após cada dano ou choque”.

Daí emprestamos o termo que se aplica bastante à nossa característica de evoluir e aprender especialmente em momentos de maior dificuldade e desafios.

Exemplos não nos faltaram nos últimos anos como a pandemia que vivenciamos juntos, mas o que dizer de tantos desafios que apresentamos ao longo de nossas vidas e que sim, no fazem mais fortes?

Mas para quê ser mais resiliente?

Não adianta. O aprendizado que adquirimos em momentos de desafio não se compara a nenhum outro.As razões para isso estão na forma em como aprendemos novas experiências e habilidades:

Imagem: @escolaconquer https://escolaconquer.com.br/blog/4-dicas-para-sair-da-zona-de-conforto/

1. Estamos em um momento de calmaria, onde nossas habilidades e competências estão perfeitamente adaptadas às circunstâncias e aos meios.

2. A situação muda: Não importa se de forma interna ou externa, somos exigidos a fazer mudanças, já que nosso repertório atual não é mais suficiente para lidar com o que surge.

Podemos observar essa “crise” em tempos onde mudamos de emprego, casamos, tivemos um filho, assumimos um novo cargo, ou nos deparamos com alguma perda, como luto por um ente querido, demissão ou término de relacionamento, por exemplo.

3. É natural que a gente resista a mudar. Afinal de contas, tudo ia tão bem, não é mesmo? Entramos aqui em um conflito interno que reluta em encarar a situação como ela se apresenta hoje.

É natural passar por essa fase conhecida como barganha. Aqui, ainda tentaremos negociar, procrastinando o que precisa ser feito ou nos recusando a mudar de fato. Natural. Mas o importante é seguirmos em frente.

4. Quando aceitamos a mudança, é aí que começamos a experimentar um novo jeito de fazer as coisas. E é claro que nem sempre isso funciona de primeira: são necessárias adaptações e aprendizado de novas competências e habilidades para que a evolução aconteça.

Mas por que relutamos em aprender a mudar?

Parte da explicação está em um instinto de autopreservação que é natural e inerente a nós humanos.

Na minha prática profissional, em processos de Coaching, quando investigamos repertórios, é muito comum me deparar com clientes que gostariam de voltar a um passado, onde outrora consideram que foram mais felizes:

“Gostaria de voltar a ser quem eu era antes de enfrentar essa demissão. ”

Essa foi a frase que escutei de uma cliente em um Processo de Coaching profissional. Com tantas entrevistas e processos sem resultado, a autoconfiança dela diminuía a cada tentativa que não dava certo.

Além de não ser possível, permanecer no mesmo ponto, traz uma perda de aprendizado que só pode ser proporcionada, graças às adversidades enfrentadas.

A forma mais interessante de encarar as adversidades, está em aproveitar cada situação adversa para compreender ainda mais sobre nossos objetivos, sobre quem somos e compreender que o em torno, não nos define, mas nos fortalece e nos modifica para sempre.

Outra dificuldade está em admitirmos que se precisamos mudar, é porque aquilo nós fazíamos, não funciona mais e isso pode ser doloroso especialmente se o que nos impede de mudar são as crenças limitantes como:

 ” Isso não é para mim”, “Sou muito velho para isso”,

“Não tenho talento nessa área”, “Acho que o problema não é meu”

Esse apego pode ser explicado através da nossa excessiva necessidade de aprovação alheia, que traz como resultado uma relutância maior iniciar algo e perder os rótulos conquistados com tanto custo.

Carol Dweck definiu essa dificuldade como sendo típica de pessoas que apresentam mindset fixo, em oposição aquelas que se permitem errar e reaprender, chamadas de detentoras de mindset de crescimento:

Quando nos permitimos mudar a forma de encaram um desafio, como consequência, as nossas crenças também se modificam, abrindo um leque possibilidades para fazer acontecer:

“ Será que mesmo não sendo tão bom posso aprender?

 ” Posso tentar de forma diferente”

 “Será que posso ser parte da solução dos problemas, mesmo ele não sendo meu?

Imagem:baseada na obra Mindset de Carol Dweck
https://www.instagram.com/fiorire_consultoria/

Empresas valorizam colaboradores e líderes resilientes:

As mudanças trazidas pela pandemia, aceleraram uma série de adaptações que poderiam ocorrer em algum momento, mas que não imaginamos que pudesse ser tão rapidamente.

Jornadas de trabalho híbridas, home office e incertezas vieram para ficar, mas como se adaptar a um cenário tão instável como esse?

No auge da pandemia, ministrei um treinamento para o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) a convite de Rebeca Braidotti e Alessandra Antunes, justamente sobre o tema resiliência.

Essa habilidade adaptativa, juntamente com outras como a Inteligência Emocional e a Empatia, tornaram-se skills fundamentais para conseguir fazer entregas consistentes, sempre focando em algo maior, como nossos objetivos e legado.

Quem tem melhor gestão de suas emoções, se destaca na hora de lidar com os desafios do mundo corporativo, já que conseguirá enxergar mais oportunidades e lidará bem consigo e com os membros do time, sem perder de vista, o que é importante: manter a saúde mental e a produtividade de forma equilibrada.

Mas como desenvolver a resiliência em 3 passos:

Iamgem: Fiorire consultoria/ Material de Leticia Rodrigues
  1. Desenvolva emoções positivas

É importante cuidar da sua parte emocional através do cultivo daquilo que lhe faz bem. Afinal de contas, ninguém pode experenciar aquilo que não possui dentro de si:

  • Cuide de seu bem-estar físico: alimentação equilibrada, sono de qualidade e exercícios físicos, são a receita do sucesso. Não é possível estar emocionalmente em equilíbrio, se nossa energia está péssima.
  • Descreva suas conquistas pessoais: Aqui estaremos reativando a emoção do ORGULHO, que lhe lembrará de uma infinidade de lutas e outras tantas vitórias que foi responsável por suas conquistas.
  •  Cuide de seu lazer: Esteja em contato com suas paixões e hobbies e leve seu tempo d e descanso e convício com pessoas importantes a sério. Isso lhe lembrará de seus objetivos.
  • Ative sua rede de apoio: Desperte a emoção do amor em sua vida, e esteja próximo de pessoas que ama para se lembrará que de que há sempre um lugar para voltar.
  • Mantenha-se focado de que sua vida pertence a você: Assumir o protagonismo de nossa vida, nos ajudará a sermos mais esperançosos e resilientes.

2. Invista em seu autoconhecimento:                    

Busque observa-se a cada dia para perceber quais mudanças precisam ser feitas em seu dia a dia, considerando:

  • O que está sob seu controle: pensamentos, ações, parte de suas emoções, seu legado, suas decisões.
  • O que não está sob seu controle: genética, fatores políticos e econômicos, os outros, circunstâncias externas
  • O que está sob sua influência: seu relacionamento com os outros, seu autocuidado.

3. Ajuste seu foco

Pesquisas em neurociências demostram que nossas expectativas definem nossas experiências. Como?

Já aconteceu com você de focar em um carro especifico que você achava o máximo e depois perceber que pass a encontrar o carro por aí em uma frequência surreal? Pois é. O mesmo acontece com números, mulheres gravidas, rsrs.

Tudo aquilo que depositamos nossa atenção, cresce. Assim busque focar em oportunidades de crescimento, procure aprender com pessoas que passaram por experiências parecidas, faça networking, busque aprender.

A resiliência é uma competência e pode ser desenvolvida e melhorada. Caso você tenha interesse em aprender mais sobre esse tema ou desenvolver suas habilidades, vamos conversar.

Agora me conta:  você se considera alguém resiliente? O que foi crucial para sua resposta?

Comente aqui que vou gostar muito de saber sobre sua experiência.

Um abraço

Letícia Rodrigues

Psicóloga graduada pela PUC/SP e Pós-graduada em Gestão de Marketing pela FAAP;
• Trainer de Colaboradores Corporativos em empresas como Kumon, Hospital Leonor Mendes Barros, SBT, Nike e Metlife;
• Professora de Inteligência Emocional da Escola Conquer, com melhor avaliação do Brasil em agosto de 2019;
• Coach de Carreira na FAAP.