A pandemia trouxe inúmeras mudanças no cenário comportamental, e especialmente em relação a saúde mental.

De acordo com pesquisa realizada pela PoderData, 38% dos brasileiros entrevistados, revelam estar em uma situação pior em relação ao início da pandemia, 43% referem estar iguais e apenas 16% referem uma melhora na sua saúde emocional.

Diante dessa nova realidade, a saúde mental e a qualidade de vida passaram a ser valorizadas e priorizadas de forma nunca antes vista.

 Em meio a uma onda dispensas de colaboradores causadas pelas dificuldades econômicas, trazendo como resultado uma taxa de desemprego superior a 13%, ocorre em contrapartida um movimento de demissões no Brasil, com colaboradores buscando mais qualidade de vida e equilíbrio emocional em um movimento similar a “Great Resignation Americana, onde mais de 4 milhões de americanos se demitiram de seus empregos.

Saiba mais sobre a Grande Demissão aqui:

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Outra mudança importante, foi a inclusão do burnout pela OMS Organização Mundial de Saúde como uma doença de trabalho, colocando a saúde mental como um assunto corporativo.

Como resposta a estas demandas, as empresas têm tomado diferentes medidas de atenção para gerenciar o estresse de sua equipe e manter o alinhamento entre líderes e liderados.

 Segurança Psicológica

 O termo segurança psicológica foi estabelecido por Amy Edmondson, em seu livro “A organização sem medo”. A autora cunhou esse termo ao participar de uma pesquisa sobre erros em instituições de saúde e concluiu que é a troca clara de idéias e a comunicação assertiva, que favorece o aprendizado e contribui para o crescimento de uma organização.

Entretanto, para que as pessoas sintam-se confortáveis para manifestar suas ideias, a segurança psicológica é necessária.

 Assim, a segurança psicológica, se refere a capacidade de criar um ambiente seguro onde seu time de colaboradores sinta-se confortável para colocar suas ideias, cometer erros e mostrar vulnerabilidade, sem correr o risco de sofrer retaliações ou qualquer tipo de veto vindo da liderança, diretoria e pares.

 O Caso Google e sua relação com a Segurança Psicológica

Imagem: https://blog.runrun.it/projeto-aristoteles-trabalho-em-equipe/

Mas como saber de fato, se a Segurança Psicológica a contribui significativamente para os resultados de uma empresa?

 O Google, com certeza sabe…

 E comprovou a eficácia de times baseada em um estudo que considerou a opinião de centenas de colaboradores de diferentes empresas e segmentos, para responder a seguinte questão:

 Qual o segredo das equipes que prosperam?

 O resultado surpreendente revela que as equipes de alta performance são aquelas onde aO resultado surpreendente revela que as equipes de alta performance são aquelas onde a empatia, isto é o reconhecimento das emoções e necessidades do time são valorizadas e a consciência de que todos os colaboradores devem contribuir de forma significativa com suas ideias é priorizado.

 O time, quando atua em alinhamento, encontra soluções de forma mais efetiva, reconhece possíveis erros e inova mais.

Como criar uma cultura de Segurança psicológica nas empresas?

A base de tudo é a confiança. Eu confio em você, se você primeiro confiar em mim.

 Dessa forma, é preciso que as lideranças comecem criando o exemplo. Pelo menos é o que garante a @Rafaela Angelini Frankenthal, co-founder da Safe Space™ .

Ela destaca que a confiança é estabelecida com a autenticidade, lógica e empatia direcionada a todos os funcionários.

São diversas formas de criar um ambiente que favoreça a cultura de segurança psicológica, entre elas, podemos citar:

1. Alinhamento de valores e cultura: É preciso que fique claro quais os valores que a empresa e seus líderes preconizam e mais importante, quais são vivenciados na prática.

Sabemos que a cultura é uma construção diária que se desenrola no dia a dia da empresa, através da interação dos membros, assim, a clareza desse posicionamento é fundamental.

2. Os colaboradores devem ter liberdade para cometer erros ao mesmo tempo que lidam com suas responsabilidades. Isso significa que os erros serão tratados dentro de uma cultura de aprendizado e não de punição.

3. Senso de apoio e pertencimento: os colaboradores devem sentir-se apoiados e com forte senso de pertencimento de grupo, independentemente inclusive, de suas características ou perfis comportamentais.

4. Cultura de feedback: A empresa deve valorizar a comunicação empática que favorece o aprendizado e vise o encorajamento.

5. Clareza sobre papeis, metas e objetivos: O alinhamento de expectativas entre empresa e colaboradores é fundamental para manter a cultura de segurança psicológica.

 Empresas que não possuem segurança psicológica, podem ter um clima organizacional que favoreça a desmotivação de times, impacte na produtividade e favoreça o aparecimento de conflitos e burnout.

 Que estratégias sua empresa tem utilizado para favorecer a saúde mental de colaboradores em tempos desafiadores como esse?

Letícia Rodrigues

Psicóloga graduada pela PUC/SP e Pós-graduada em Gestão de Marketing pela FAAP;

Psicóloga graduada pela PUC/SP e Pós-graduada em Gestão de Marketing pela FAAP;

• Trainer de Colaboradores Corporativos em empresas como Kumon, Hospital Leonor Mendes Barros, SBT, Nike e Metlife;

• Professora de Inteligência Emocional da Escola Conquer, com melhor avaliação do Brasil em agosto de 2019;

• Coach de Carreira na FAAP.

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