Do Oráculo de Delfo, passando por C.G Jung e Nietsche, uma coisa todo mundo concorda: saber quem somos de fato, parece ser nossa grande missão nessa vida.
Talvez você me diga que sim, que com certeza sabe quem é: sou fulana de tal, tenho x anos de vida e faço isso. Ou pode falar sobre seus inúmeros papéis que desempenha ao longo da vida como: sou pai, mãe, advogado, padre, espirita, irlandês e mesmo assim, não significar que você se conhece.
#ParaTodosVerem: Imagem de uma pessoa fatasiada de Urso. A fantasia é marrom, com um colete azul, e erguendo os braços e abaixando. Abaixo vemos a seguinte frase: "Eu não sei"
Mas o que de fato significa autoconhecimento?
Autoconhecimento para mim significa liberdade. A liberdade em agir exatamente em consonância com as nossas escolhas. A liberdade de poder escolher como agir e quando, direcionar nossa vida para nossos sonhos e objetivos, escolher quem serão nossas companhias pelo afeto dado e recebido, por exemplo.
O autoconhecimento lhe trará a oportunidade de ser mais feliz, isso com toda a certeza.
E mais ainda, ter a real clareza do porquê agimos dessa ou daquela forma, considerando inclusive os resultados e as consequências e que podem vir das minhas ações.
Isso parece simples. Entretanto, ser livre por vezes, é um privilégio que por diversas razões, muitos de nós não conseguem ter acesso.
#ParaTodosVerem: Video falando sobre autoconhecimento. Conforme o video e narração avançam, desenhos relacionados ao tema vão sendo desenhados na tela.
Quando iniciei a faculdade de Psicologia, uma das primeiras disciplinas foi a Psicologia Social, com suas bases fundadas na filosofia e nas ciências sociais. Lá ficou claro que a liberdade é condicionada a um determinado lugar social que ocupamos.
Freud por sua vez, inovou ao dizer que nossas escolhas são cheias de vieses e muitas vezes são determinadas por razões inconscientes ou pouco acessíveis.
Logo, a liberdade possibilitada pelo autoconhecimento é uma conquista.
Grandes poderes, grandes responsabilidades

#ParaTodosVerem: Imagem de fundo escuro com a figura do Personagem Homem Arranha, com a frase escrita em branco: Grandes Poderes, Grandes Responsabilidades , Home Aranha
Não se engane imaginando que se autoconhecer será um caminho suave e tranquilo.
Ao contrário.
As razões da nossa inconsciência ou pouca consciência, têm uma razão de ser.
Imagine que durante o processo de formação de nossa identidade, crescemos em um determinado ambiente onde alguns comportamentos foram selecionados para eu pudéssemos nos adaptar melhor aquelas circunstâncias específicas.
Fizemos o possível. Aqueles que nos rodeavam também o fizeram.
Conforma vamos construindo novos repertórios, conhecendo lugares, pessoas, adquirimos outros conceitos, objetivos e sonhos, percebemos que há diferentes formas de “estar no mundo” e de se relacionar com as pessoas.
Por vezes, aquela casca inicial que criamos, se torna desnecessária para que outras formas de existência, mais alinhadas a nossa essência, se manifestem.
Mergulhar em si mesmo é compreender sobre os “acordos” inconscientes que fizemos entre aquilo que “queríamos” e àquilo que “podíamos”.
Entrar em contato com isso é muito poderoso e libertador, em contrapartida, também substituirá toda “culpabilização” por auto-responsabilidade.
Será que estamos preparados?
Não temas. Todo esforço será recompensado.
Não desanime e nem tenha medo de se autoconhecer.
Ao contrário. Olhar para todos os aspectos de sua personalidade, mesmo aqueles que aprendemos que não devemos possuir, ainda que naturais, lhe trará um sentimento de autocompaixão que, voilá, será também direcionada aos outros.
Talvez você que me lê imagine que por ser muito crítico consigo, não desenvolverá essa autocompaixão. Ao contrário, ela surgirá naturalmente quando você compreender que nossas ações na maioria das vezes buscam nossa sobrevivência social e /ou física.
Vamos pensar nas emoções que possuímos. As emoções são respostas parcialmente inconscientes, que disparam em nosso organismo um impulso de movimento.
Sentimos raiva: nossas pupilas se dilatam, o sangue circula em maior parte para nossas pernas e pés.
Por que?
Exatamente, para lutar contra a ameaça (real ou percebida) ou fugir (melhor deixar para lá, em alguns casos).
Percebemos parte desse movimento e de seus alguns de seus efeitos em nosso corpo e nomeamos a reação: Eu fiquei com raiva.
A decisão d como agir a partir dai, também foi condicionada por diferentes variáveis, como nossa história de vida, crenças e memorias.
Quanto mais claro esse processo, melhor eu posso decidir como agir com base em meus valores e objetivos ao invés de fazê-lo baseado em um medo, por exemplo.
Como eu começo a Jornada do Autoconhecimento em 5 passos?
Desenvolver ao autoconhecimento pode ser feito de diferentes formas: psicoterapia, processo de desenvolvimento pessoal, coaching.
Mas podem ser feitos no dia a dia. E podem ser feitos de forma autônoma também.
1. Passe a se auto observar mais.
- Pode ser interessante mapear o seu dia através de um diário emocional. Crie o hábito de perceber suas emoções e como elas se relacionaram com os fatos ocorridos durante o dia.
- Desenvolver a atenção plena e o foco, em um processo chamado mindfulness, também pode ser muito útil.
Link e-book
2. Perceba suas necessidades.
Marshall Rosenberg autor renomado de livros sobre comunicação não-violenta die que:
“Todo comportamento, traz uma necessidade”
- O que motivaram suas ações?
- O que você precisava naquele momento?
- Como você fez para conseguir isso?
3. Avalie seus resultados
- Como você imagina que tem se saído?
- Você está mais próximo do que gostaria?
4. Qual seu por quê?
Caso dinheiro não fosse problema, o que você faria de graça porque faz você muito feliz?
Isso e contribui positivamente para os outros?
5. Quais seus sonhos?
- Você conhece a dream list ou lista dos sonhos? Nela você pode escrever tudo o que gostaria de realizar.
Ao final, classifique seus projetos por tipo: profissional, pessoal, financeiro e etc.
Determine um prazo para cada um deles acontecer.
Minha experiência:
Sou suspeita para falar sobrar autoconhecimento por duas razões:
- Primeira, trabalho com isso e claro que tenho um interesse que mais pessoas busquem se autoconhecer.
- Segunda razão. O autoconhecimento transformou a minha vida.
Já compartilhei algumas vezes que eu era uma pessoa insatisfeita. Escolhi a Psicologia, mas não me identificava com a área clínica.
Queria atuar no desenvolvimento de pessoas, fazendo exatamente o que eu faço hoje, trabalhando com treinamentos ou por processos de desenvolvimento pessoal e coaching.
Só que eu não tinha clareza disso. Levei anos para descobrir isso e em partes porque fui fazendo o possível (e me acomodando também) em um trabalho que era uma baita fonte de renda, mas que em nada tinha a ver com o meu porquê.

#ParaTpdosVerem: Mulher branca decabelos claros e curtos, sentada em um sofa preto, com uma blusa verde
olhando sorridente para a câmera.
Eu apenas sentia que algo estava errado e que eu não me encaixava. Ao mesmo tempo me sentia frustrada e culapada porque achava que na posição privilegiada que tinha, nem podia me dar a liberdade de reclamar.
Vivia engessada e muito infeliz e por vezes irritada e descontente,
Foi o autoconhecimento que me fez me reconectar comigo.
Quando busquei retornar à Psicologia, sabia que teria que iniciar uma carreira do nada. Sem experiência, nem indicações, e com mais 30 anos idade (o que eu achava que era tarde,, diga-se de passagem). Era tranquilo em vários aspectos e muito difícil em outros tantos.
Entretanto, valeu muito a pena. A satisfação com a carreira, me possibilitou atuar com o que eu realmente amo. Claro que conhecer mais sobre saúde mental e inteligência emocional também revolucionou a minha relação comigo.
Percebi que eu podia ser como eu era. Que aquilo que eu ´precisava para ser mais realizada já estava em mim.
Minha mudança, tornou-se minha missão. e é exatamente isso que busco auxiliar as pessoas que me procuram a encontrarei o que já possuem. Ou seja, todo o seu potencial criativo.
E você? Já tem o habito de se re(coenhcer) por aí?
Um abraço
Leticia Rodrigues
Quem é Letícia Rodrigues?
- Psicóloga graduada pela PUC/SP e Pós-graduada em
Gestão de Marketing pela FAAP
- Trainer de Colaboradores Corporativos em empresas como Kumon, Hospital Leonor Mendes Barros, SBT, Nike e Metlife;
- Desenvolve Programas de Liderança.
- Premiada como professora de Inteligência Emocional mais bem avaliada do Brasil.
- Atuou como Coach de Carreira na FAAP.
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