Quando nos perguntavam o que a gente queria ser quando crescêssemos, era comum lembrar de alguma profissão que admirássemos, não é verdade?

Mas basta o tempo passar um pouquinho para a gente perceber que o que a gente quer assim como o Linus é sermos escandalosamente felizes.

Concordo que a definição de felicidade é relativa e particular e assume diferentes significados para cada um de nós.

Também é verdade que as formas de atingir essa felicidade se traduzem por diferentes caminhos ou veículos, mas via de regra o destino é o mesmo: a felicidade.

Existe uma relação direta entre a felicidade e as saúde mental e é sobre isso que a gente vai conversar hoje.

Felicidade e saúde mental

Embora não haja uma definição única e absoluta de felicidade, geralmente é entendida como um estado de bem-estar emocional e satisfação com a vida.

 A saúde mental, por sua vez, refere-se ao estado geral de equilíbrio emocional, psicológico e social de uma pessoa. Eu gosto bastante da definição da OMS para saúde mental que diz:

Saúde mental é sentir-se bem e contribuir de forma positiva com os demais

OMS

A felicidade e a saúde mental estão intimamente relacionadas, e uma influencia a outra de várias maneiras:

  1. Bem-estar emocional: A felicidade está relacionada às emoções positivas, como alegria, contentamento e gratidão. Ter uma boa saúde mental contribui para um maior bem-estar emocional, permitindo lidar de forma saudável com os desafios e adversidades da vida.

2.Satisfação com a vida:  Sabe qual é o contrário da gratidão? Errou se você pensou na ingratidão. O contrario da gratidão é a insatisfação com a vida.

Sentir-se insatisfeito com a vida gera a maioria dos sentimentos de ansiedade e irritação nas pessoas. Isso causa um grande sofrimento emocional, que é percebido como uma sensação de que aquilo que já possuímos ainda não é suficiente ou que o melhor ainda está por vir.

3. Gerenciamento do estresse cotidiano: Viver é administrar as demandas da vida e isso envolve lidar com nossos objetivos, nos relacionarmos com os outros e atingir resultados em diversas situações onde a maioria delas foge ao nosso controle.

Haja inteligência emocional para fazer tantos ajustes e ainda manter o equilíbrio e a saúde mental em dia.

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Porém, na maioria das vezes, são justamente os relacionamentos com os outros e a busca pela realização de nossos sonhos que nos trazem o que compreendemos como felicidade.

4. Crescimento pessoal e desenvolvimento de habilidades: As adversidades que enfrentamos também impactam a nossa saúde mental e felicidade. Por outro lado, é através da conscientização de nossas vulnerabilidades que partimos em busca de soluções que nos trazem crescimento e oportunidades.

Experimentamos outras emoções positivas como a resiliência e a esperança, que são cruciais para manutenção de nosso equilíbrio emocional e por aumentar nossa consciência sobre a felicidade.

É melhor ser alegre que ser triste? Sim!!!!!

O poeta já dizia isso e a ciência comprova.

Você sabia que uma gargalhada daquelas bem espontâneas, que fazem com que seus músculos da barriga se contraiam fazendo com que você venha a chorar de tanto rir é capaz de dissolver a tensão e deixar sua musculatura relaxada por até 45 minutos?

Além disso, as endorfinas liberadas nessa gargalhada, diminuem o impacto dos nossos hormônios de estresse, acalmam nosso fluxo sanguíneo e fortalecem as células do nosso sistema imunológico?

Entretanto, o contrário também é verdade: sentir-se estressado, ansioso ou temeroso com frequência, deixa o organismo em estado de alerta e potencializa fatores de risco para doenças físicas e psicológicas.

Olha novamente a ligação entre nossa saúde mental e a felicidade.

Também relacionamos a longevidade a felicidade e ao reconhecimento de emoções positivas, veja só:

A Dra. Barbara Friedrickson, dirige hoje um laboratório de Emoções Positivas e Psicobiologia, onde se dedica a estudar o impacto dessas emoções em nossa qualidade de vida.

Ela apresentou um estudo muito interessante sobre noviças que iniciaram sua vida em um mosteiro no ano de 1930 e tiveram a tarefa de escrever uma biografia sobre suas vidas nos primeiros anos.

Mais tarde, houve o interesse em investigar a prevalência de doenças como Alzheimer na população idosa da região e as tais feiras, agora em 1986, foram entrevistadas.

E sabe o que os pesquisadores encontraram?

A conclusão do estudo foi que as freiras que em 1930 tinham maior expressões de emoções positivas em seus relatos, como amor, alegria e gratidão, viveram em média dez anos a mais do que aquelas que haviam expressado pouco ou nunca haviam expressado emoções positivas.

Além disso, também havia uma menor incidência de doenças crônicas, inclusive as relacionadas à senilidade e demências como o Alzheimer.

Interessante, não é?

5 Práticas para ser mais feliz:

 Então como agora ficou claro qual a relação entre felicidade e saúde mental que tal discutirmos dez maneiras de ser mais feliz agora mesmo?

1. Respeite e honre a sua história:

Michele Obama tem uma frase maravilhosa que define bem a ideia desse preceito. Ela diz:

“Meus pais me ajudaram a enxergar o valor da nossa história, da minha história, da história mais ampla desse pais. Mesmo quando não é bonita ou perfeita. Mesmo quando é mais real do que você gostaria que fosse. Sua história é o que você tem, o que sempre terá. É algo para se orgulhar”.

Acho muito significativo e importante esse recado de Michele, porque ele é verdadeiro. Nos constituímos enquanto individuo a partir de uma história.

Uma história que não se inicia com a gente, mas que interfere diretamente na nossa percepção de quem somos.

Porém é importante dizer que a narrativa pode ser reescrita a medida em que assumimos o protagonismo de querer contar outra verdade sobre a nossa vida.

Esse é o exercício que eu acredito que trazemos para essa existência: poder ser autor da própria jornada com outros resultados, outras perspectivas e com outros sentimentos.

Eu conheço muitas pessoas que ainda se ressentem da criação que tiverem ou do que receberam no passado. O problema dessa perspectiva é que ela lhe deixa parado e aprisionado em um lugar onde você apenas será vítima dessa circunstância.

Assim, buscar ajuda para isso, considerara suas vivências com carinho e acolhimento para aceitar o passado e se mover na direção de um novo capítulo, lhe trará um recomeço.

Como fazer esse caminho:

  • Escreva uma linha do tempo com os pontos mais marcantes da sua história.
  • Olhe com generosidade para você e valide o que você fez. Veja o quanto conquistou até aqui: amigos, família, profissão, saúde, desenvolvimento pessoal etc.
  • Identifique os pontos difíceis que precisam de ajuda para serem ressignificados
  • Escreva como você quer que sua vida se pareça

2. Use suas forças para fazer o bem

Hoje eu tenho cada vez mais consciência do meu caminho e do meu propósito e um dos trabalhos mais bacanas que me trazem uma dose enorme de felicidade e bem-estar e atuar no projeto Revisores do Bem da @Lucy Nunes.

O projeto auxilia profissionais em sua recolocação profissional com currículo, Linkedin e preparação para entrevistas.

Ajuda as pessoas? Sem dúvida.

Mas vocês não imaginam o efeito que isso traz na minha vida. Sabe por que?

Por que eu consigo utilizar o meu grande diferencial como psicóloga para desenhar uma atuação mais estratégica para aquele profissional atuar e ter um melhor resultado.

A energia que essa minha força movimento é algo que me traz uma sensação tão incrível que me impacta positivamente.

Assim, pegue o seu talento especial ou superpoder e coloque isso para ajudar outras pessoas. Você será o mais impactado.

Mas é claro que existe um respaldo cientifico também para essa sugestão.

Pesquisas sugerem que fornecer apoio social a pessoas em necessidade, ativa regiões do cérebro ligadas ao cuidado parental — o que está associado a efeitos positivos para a saúde mental e física.

Vamos praticar?

  • Liste seus talentos ou aquilo que faz com grande prazer
  • Busque alguém que possa se beneficiar desse trabalho
  • Crie uma rotina sistemática de doação desse tempo: determine 2 horas semanais por exemplo para se dedicar a essa atividade.

3. Esteja em boa companhia

As conexões significativas são o fator número um de proteção para a saúde mental. Esse dado se concretiza quando os estudos revelam que há uma associação entre a longevidade e a felicidade a número importante de conexões verdadeiras.

Pessoas em local d etrabalho
Conexões significativas

A gente entende por conexões verdadeiras aqueles encontros onde temos o privilégio de sermos ouvidos, apoiados e respeitados em nossa própria individualidade.

Em outras palavras, são aqueles encontros gostosos que quando terminam sempre deixam um “gostinho de quero mais”.

Que tal marcar um encontro agora?

  • Liste seus amigos mais especiais
  • O planejamento prévio, facilita o aceite de todos, afinal, sincronizar várias agendas pode ser desafiador.
  • Viva esse momento e desfrute das emoções positivas liberadas.

4. Movimento e Descanso

Os opostos se atraem, certo?

Cérebro em movimento
Uma imagem de um cérebro caminhando em uma esteira

E aqui isso se torna realidade. O movimento do corpo é responsável por liberar uma série de hormônios de bem-estar e de relaxamento além de realizar uma verdadeira “faxina” em nossos hormônios de estresse como cortisol e adrenalina.

O impacto disso é saúde física e mental. Porém o descanso é tão necessário quanto o movimento. O sono reparador é essencial para uma vida feliz e equilibrada.

Sem o descanso adequado, o corpo opera em modo “sobrevivência” e não consegue reparar os danos aos tecidos, fazer a faxina mental necessária e se preparar para o dia seguinte.

Não subestime seu descanso ou seu sono.

Como colocar em prática:

  • Coloque movimento no seu dia. Pode ser uma caminhada leve, trocar o elevador pela escada, dançar….
  • Preste atenção na sua disposição e na forma como acorda após uma noite de sono. Isso lhe ajudará a perceber se o descanso têm sido suficiente.
  • Dê um tempo das redes sociais, especialmente antes de ir para a cama.

5. Seja grato

Todo o dia há um motivo para agradecer por algo, e como certeza eu vou lhe convencer a exercitar a gratidão, sabendo que há respaldo cientifico nessa postura:

Quando nos tornamos gratos por algo, reconheçamos nosso avanço em determinados setores. Por exemplo sou grato pelo trabalho, saúde e ou família.

Isso dispara uma resposta cerebral de que “está tudo bem”, o que se traduz para nosso organismo através de uma resposta de relaxamento e de bem-estar.

Essa postura, favorece inclusive o enfrentamento de possíveis situações adversas, como o próprio estresse do dia a dia, fazendo com que você consiga:

  • Buscar soluções de forma mais efetiva
  • Minimizar o impacto do estresse reativo

Parece promissor? Então como praticar?

  • Liste diariamente 3 coisas que funcionaram bem no seu dia. Desde coisas simples como: fui tendida rapidamente nessa fila, até tive uma conversa profunda com meu filho. Tudo por ser gratidão.

E agora eu gostaria de saber que estratégias você já pratica em relação a sua felicidade e como eu posso lhe ajudar a trilar esse caminho de bem-estar e equilíbrio emocional.

Um abraço

Leticia Rodrigues, mulher branca, maquiada, de cabelos claros e médios, uso com uma blusa jeans estampada.

Quem sou eu?

Sou Leticia Rodrigues, psicóloga e fundadora da Fiorire Consultoria.

Atuo com desenvolvimento de pessoas, ajudando empresas e profissionais em seus desafios corporativos.

Já treinei colaboradores de empresas como SBT, MetLife , Nike, London Stock Exchange sobre temas como Inteligência Emocional, Motivação, Comunicação Assertiva e Saúde Mental Corporativa.

Fui uma das 100 pessoas escolhidas como participante do Programa de Aceleração de criadores de conteúdo do LinkedIn, onde sou LinkedIn Creator.

Letícia Rodrigues