Setembro chegou e com ele a campanha de conscientização sobre o suicídio denominada setembro amarelo. O setembro Amarelo é uma oportunidade importante para abrir diálogos sobre saúde mental.

O tema ainda é considerado um tabu, mas os números seguem em ascensão. No Brasil, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, houve mais de 16 mil casos em 2022 , uma taxa de crescimento de 11,8 % em relação ao ano de 2021.

Como compreender o suicídio?

O suicídio é um fenômeno multifatorial, o que significa que não é possível determinar uma única causa para explica-lo. A Associação Brasileira de Psiquiatria, tem uma estimativa que aproximadamente 97% dos casos, estejam ligados a transtornos mentais não diagnosticados ou tratados.

Importante reforçar que nem todas as pessoas diagnosticadas com transtornos mentais apresentam comportamento ou ideação suicida. Porém, em nossa jornada de vida como seres emocionais, podemos nos deparar com momentos de sofrimento e angustia extemos, que podem nos fazer pensar nessa possibilidade.

Fatores sociais como desemprego, uso de substancias psicoativa, presença de doenças crônicas e isolamento social, também apresentam correlação com o suicídio.

Setembro amarelo, fonte : Sul América Saúde

As emoções ainda são tabu no ambiente corporativo?

 Há um ano atrás eu escrevia justamente sobre esse tema e fazia esse questionamento.

 De lá para cá, foi criada a lei número 14831 que criou o “Certificado de Empresa  Promotora da Saúde Mental” . O  objetivo é atestar as empresas que cumprem uma série de determinações entre elas  a implementação de programas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho e o combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.

Mas o que de fato tem sido feito na prática? Será que falar sobre emoções , sobre adoecimento mental, esgotamento e vulnerabilidade  têm tido seu espaço de acolhimento no ambiente corporativo?

Será que estamos seguros para admitir problemas emocionais?

Enquanto as empresas não se conscientizarem que pessoas possuem emoções e podem se deparar com vivencias desafiadoras, estarmos jogando a poeira para baixo do tapete e ignorando o assunto.

Como falar sobre Suicídio e outros tabus em saúde mental com seu time?

Importante salientar que é falar sobre saúde mental é um assunto que cabe o ano inteiro.  As empresas podem ter diversas ações tais como:

1. Atuar na prevenção:

Os transtornos mentais também são multifatoriais e se relacionam à causas genéticas, comportamentais e sociais.

A conscientização sobre saúde mental visa propor que o indivíduo consiga experimentar uma vida mais saudável que favorece o bem-estar e as emoções positivas.

Assim, podemos falar sobre prevenção em saúde mental que nada mais é do que a conscientização da existência de nossas emoções, pensamentos e sentimentos como parte integrante da nossa personalidade e que influencia diretamente nossas ações e resultados.

Conheça o meu programa Florescer e aprenda a ter mais equilíbrio emocional , alcançando resultados.

Assim:

  • Incentivar práticas saudáveis como descanso, sono reparador, exercícios físicos e alimentação saudável
  • Pausas durante o trabalho
  • Hobbies, lazer e descanso
  • Contato frequente com pessoas significativas.

2. Gerenciar as emoções:

Educar a audiência com temas relacionados à Inteligência emocional e gerenciamento das emoções é crucial para desenvolver uma boa gestão do estresse.

 Treinamos práticos, como os que eu já desenvolvi para empresas como Nike, CDP e Metlife, farão com que os colaboradores desenvolvam uma autoconsciência emocional.

Treinamento de Inteligência emocional para Nike

3.  Identificar os Sinais de alerta

 É preciso falar sobre adoecimento mental como uma possibilidade real e tão característica do nosso tempo. O encorajamento para a busca de ajuda, pode ser crucial para o trabalhador quando ele se sente apoiado e compreendido ao invés de julgado e estigmatizado.

A partir daí, compreender a temática do suicídio como uma vivência emocional de sofrimento extremo fica mais possível de ser aceita e compreendida, a medida em que um caminho prévio de discussão sobre saúde mental, foi traçado com toda a equipe.

Passa-se a entender que não se trata de algo repentino, ou totalmente descolado da realidade, mas sim como consequência de um cuidado com a saúde mental que foi negligenciado ou ineficiente.

Reconhecer sinais de alerta pode ser crucial na prevenção do suicídio, por exemplo. Alguns sinais incluem:

  • Mudanças de Comportamento: Alterações significativas no comportamento, como isolamento social, mudanças abruptas de humor e irritabilidade.
  • Falar sobre Morte: Comentários sobre querer morrer, sentir-se sem esperança ou falar sobre suicídio.
  • Abuso de Substâncias: Uso crescente de álcool ou drogas pode estar associado a um maior risco de suicídio.
  • Desesperança: Sentimentos persistentes de desesperança ou inutilidade.

Importante orientar que a pessoa deve buscar necessariamente a ajuda de profissionais capacitados como psiquiatras e psicólogos para a orientações e tratamento adequado.

Por se tratar de uma emergência psiquiátrica, esse cuidado não deve ser adiado e nem ficar a cargo de pessoas que não tem o conhecimento técnico adequado.

 Quero me disponibilizar para ajudar você a elaborar um Programa de conscientização sobre e autocuidado em Saúde Mental para sua equipe ou para você

Conte comigo por aqui,

Um abraço

Leticia Rodrigues

Quem sou eu?

  • Sou Leticia Rodrigues, psicóloga e fundadora da Fiorire Consultoria.
  • Atuo com desenvolvimento de pessoas, ajudando empresas e profissionais em seus desafios corporativos.
  • Desenvolvo programas de gerenciamento emocional, desenvolvimento de habilidades e gestão de carreira.
  • Já treinei colaboradores de empresas como SBT, MetLife , Nike, London Stock Exchange  sobre temas como Inteligência Emocional, Motivação, Comunicação Assertiva e Saúde Mental Corporativa.
  • Fui eleita Top Voice Linkedin
  • E uma das 100 pessoas escolhidas como participante do Programa de Aceleração de criadores de conteúdo do LinkedIn, onde sou LinkedIn Creator.