Você tem a impressão que o dia de trabalho nunca termina? E que faltam horas disponíveis para tantas atividades que precisam serem feitas?

Essa sensação de aceleração é real. E uma das responsáveis por isso é a tecnologia.

O fato de permanecermos conectados a uma mensagem de distância, tornou-se um problema.

Desde a pandemia, experimentamos uma diminuição dos limites entre vida profissional e pessoal.

Outro ponto importante é a rapidez com que produzimos informação e a distribuímos pelo mundo. Se antigamente uma notícia podia levar dias para cruzar o oceano, hoje, acontece em tempo real, o que dificulta a desconexão.

Imagem: pixabay, crédito:

Ficamos com a impressão de que o dia nunca termina:  parece que estamos sempre atrasados, correndo atrás de dar conta do que precisa ser feito e extremante ansiosos a respeito do resultado do nosso empenho, e parecendo que nunca fizemos o suficiente.

Fenômenos como o FOMO (fear of missing out) ou medo de estar “por fora”, já se tornaram consequências desse tempo.

Assim, conquistamos velocidade, conexão e praticidade, por outro lado, as exigências de novas habilidades para esses tempos, nos coloca o tempo todo em um estado de alerta e estresse constante.

Estabelecer limites saudáveis para isso, tem sido um desafio.

Quais as consequências disso?

Vivemos um dos piores momentos de nossa saúde mental. Os dados da OMS apontam que o Brasil é o pais mais ansioso do mundo e ocupa a vice-liderança em casos de burnout.

O relatório internacional Global Mind Project , especializado no tema, mostra que dos 71 países pesquisados, ocupamos ao lado de Reino Unido e Sri Lanka, as priores posições referente ao gerenciamento emocional, especialmente na população mais jovem.

Sabemos que o estresse é algo inerente a condição humana e por vezes é responsável por criar os desafios que nos fazem evoluir, através da aquisição de novas habilidades, mudança de mentalidade e parcerias.

Emergências Psiquiátricas Brasil. Fonte:

Por outro lado, o estresse não gerenciado, pode torna-se crônico,  ativando com mais frequência ou por mais tempo do que o necessário  nossas respostas de “luta ou fuga” que a médio e longo prazo, trazem consequências como doenças física e emocionais  como ansiedade, depressão, doenças cardíacas e ganho de peso.

Quais os principais gatilhos de estresse?

Existem diversos disparadores do nosso estresse, tais como:

o Exigências do local de trabalho: Prazos apertados, longas horas de trabalho e ambientes          de trabalho desafiadores podem levar a altos níveis de estresse ocupacional.

o Problemas de relacionamento: desentendimentos com um parceiro, membro da família ou amigo podem ser uma fonte significativa de estresse.

o Tensão financeira: Preocupações com dívidas, contas e segurança financeira podem ser fatores de estresse.

o Preocupações com a saúde: Doenças crônicas ou problemas graves de saúde podem levar a níveis elevados de estresse.

o Mudanças significativas na vida: Eventos como mudança de casa, mudança de emprego ou perda de um ente querido podem levar ao estresse excessivo.

Entretanto, falando especificamente sobre o burnout e outras doenças ocupacionais, percebemos que a rotina exaustiva é fortemente associada como fator de impacto.

Assim, é necessário repensar nossa produtividade do ponto de vista da sustentabilidade emocional. Nesse caso, passamos a considerar o custo envolvido em sua atividade laboral, espacialmente o custo emocional.

Sustentabilidade Emocional e Produtividade Tóxica:

Na sustentabilidade emocional, valorizamos como um ativo importante além da produtividade, a qualidade da entrega e os sentimentos envolvidos na mesma.

Logo, uma tarefa que custou noites de sono, trouxe conflitos internos e externos e muito desgaste emocional por exemplo, custou muito caro para ser entregue e precisa ser repensada.

A produtividade passa a ser considerada tóxica quando exige que nossos limites físicos e emocionais sejam desrespeitados para que possamos entregar nossas tarefas.

Aqui, é importante valorizar o autoconhecimento justamente para que possamos observar a forma como realizamos nosso trabalho e quais crenças associamos ao descanso, por exemplo.

Para algumas pessoas se desconectar ou estabelecer limites de horário de trabalho pode parecer impensável ou trazer desconforto ou culpa. Ter clareza desse comportamento é primordial para estabelecer mudanças importantes em nossa vida.

Conheça meu programa de Carreira com Sustentabilidade Emocional.

8 Estratégias para trabalhar melhor

Trabalhar bem não significa produzir indefinidamente ou manter-se ocupado, mas sim fazer o que precisa ser feito, com o menor custo possível.

Planejamento, estabelecer limites e praticar o autocuidado são palavras de ordem.

Por vezes, podemos acreditar que manter-se disponível para nosso chefe o tempo todo é sinônimo de comprometimento, porém isso não é verdade.

1. Estabeleça limites claros: Determine quando o dia de trabalho começa e termina. Evite o impulso de continuar trabalhando fora desse horário. Isso ajuda a equilibrar a vida pessoal e profissional, além de educar os demais quanto aos seus limites.

2. Faça intervalos regulares: Pequenos intervalos durante o dia podem melhorar a concentração e reduzir a fadiga.

3. Planeje, Organize e Priorize: Uma lista clara de afazeres pode tornar as tarefas mais gerenciáveis e reduzir a sensação de sobrecarga.

Elabore sua agenda considerando seus objetivos principais. Divida-os em tarefas menores e determine prazos e datas para sua execução.

4. Busque apoio: Compartilhe com colegas, pares e líderes sobre suas necessidades e preocupações.

Busque apoio profissional caso ache necessário.

5. Relacionamentos e família

Mantenha relacionamentos frequentes com pessoas importantes

Dedique-se por inteiro aos estar de corpo e alma com essas pessoas. O famoso tempo de qualidade por aqui é primordial. Busque estra conectado com eles.

6. Cuide de seu corpo físico: alimentação saudável, exercícios físicos e sono de qualidade trazem muita disposição e aumentam nosso bem-estar. É impossível pensar em produtividade sem considerar isso.

7. Planeje seus momentos de lazer e descanso: caso contrário, podemos ter um impulso de substituir essas atividades por mais trabalho.

Organize sua agenda e liste lugares que quer conhecer, viagens que gostaria de realizar e foque no trabalho como forma de viabilizar tudo isso.

Faz muita diferença.

8. Por último, busque compreender o que dispara sentimentos de medo, ansiedade, culpa ou frustração durante seus momentos de lazer ou descanso. Isso é crucial para mapear nossas crenças limitantes que por vezes impactam nosso comportamento.

E você? Quais estratégias vai aplicar já em sua nova rotina de trabalho?

Estabelecer limite saudáveis é fundamental para produzir. Afinal o descanso, a diversão e o lazer são partes fundamentais do trabalho.

Que levar esse tema para sua equipe? Podemos elaborar uma demanda sob medida para tratar sobre o tema. Me envie uma mensagem.

Ou busque minha ajuda para atingir o equilíbrio emocional no seu dia a dia de trabalho.

Um abraço carinhoso

Leticia Rodrigues

Quem é sou eu?

· Sou Leticia Rodrigues, psicóloga e fundadora da Fiorire Consultoria.

· Atuo com desenvolvimento de pessoas, ajudando empresas e profissionais em seus desafios corporativos.

· Desenvolvo programas de gerenciamento emocional, desenvolvimento de habilidades e gestão de carreira.

· Já treinei colaboradores de empresas como SBT, MetLife , Nike, London Stock Exchange sobre temas como Inteligência Emocional, Motivação, Comunicação Assertiva e Saúde Mental Corporativa.

· Fui eleita Top Voice Linkedin

· E uma das 100 pessoas escolhidas como participante do Programa de Aceleração de criadores de conteúdo do LinkedIn, onde sou LinkedIn Creator.