As mudanças em um mundo volátil e incerto como o nosso, de intensa globalização e de ferramentas tecnológicas cada vez mais sofisticadas que nos auxiliam a ir ao encontro de soluções mais e mais avançadas, são uma constante.

Mas por que é tão difícil mudar se as mudanças fazem parte de nossa vida, desde a concepção, quando o que fazemos é evoluir a cada dia, através de mudanças conscientes ou não?

Meme

Na imagem vemos na parte superior um grupo de pessoas onde uma homem pergunta: Quem quer mudanças? E todos levantam a mão.
na parte inferior da imagem, o mesmo homem pergunta quem quer mudar? E ninguem levanta a mão.
Imagem: Mudanças, Pinterest

Queremos evoluir, queremos crescer, queremos mudar, porém odiamos “ pagar o preço” da mudança.

Até por que para atingirmos o patamar desejado, precisamos investir em esforços contínuos, um pouco a cada dia.

Outras razões para que seja difícil mudar são:

1. Mudar requer “gasto de energia”:

 Sim, do ponto de vista da neurociência, o cérebro calcula o quanto de “verba” terá que empregar para realizar cada tarefa.

Fica mais fácil entender por exemplo, porque começar uma rotina de treinos, após longos períodos sem atividade é uma tarefa hercúlea.

2. Precisamos “abrir mão” do controle e lidar com o desconhecido e isso também não é fácil.

3. Quanto mais definitiva é a mudança, mais difícil de ser encarada. Pense por exemplo no impacto que é escolher mudar de creme dental ou decidir sobre ter ou não um filho, para compreender bem esse conceito.

4. Se a mudança é imposta, ela é muito mais desafiadora.

O que sabota uma mudança?

Lidar assertivamente com uma mudança passa primeiramente pela necessidade de aceitação da mudança.

Sim, é preciso aceitar e isso pode ser desafiador, porque em alguns casos, a negação da mudança, impede que a gente lide de forma assertiva e até positiva com o fato.

A negação acontece quando a gente “ finge “ que a mudança não acontecerá ou que aquilo não é com a gente. Pode também se manifestar através de sentimentos de rebeldia ou descrença:

“Isso não vai dar certo”,

“ Não moverei uma palha para ajudar”

“ O cenário ficará cada vez pior”

“Eu não vou dar conta da mudança”

Essas frases, são exemplos de crenças limitantes que impactam diretamente a forma como lidamos com a mudança.

Podem aparecer sentimento de impotência, desespero, autocrítica ou críticas voltadas para os demais. Se a mudança ocorre no ambiente corporativo, isso pode impactar negativamente o desempenho e a relação com o time.

A solução é tomar consciência desses padrões e observar os desafios com uma mentalidade de crescimento. A especialista no tema Carol Deck em seu livro Mindset, fala da importância de observar os obstáculos, com o olhar de curiosidade.

Isso demonstrar uma abertura para ir em busca de habilidades que serão necessárias para se adaptar a mudança. A percepção de que os desafios são uma forma de evolução, contribui para olhar para essa perspectiva de forma positiva.

A importância de desenvolver a adaptabilidade e a resiliência

Se as crenças impactam nossa forma de ver as mudanças, apostar no autoconhecimento e no desenvolvimento de habilidades comportamentais, técnicas e sociais é o caminho para esse enfretamento.

A adaptabilidade é a capacidade de se adaptar a um ambiente de maneira sustentável do ponto de vista operacional e emocional.

Assim, compreender quais são as competências técnicas e emocionais necessárias para atingir a performance e responder as novas demandas.

Uma forma de mapear essa necessidade é buscar feedbacks juntos as lideranças, programas de coaching para mapeamento de habilidades, cursos e workshops.

Conheça meu programa de Coaching de Carreira.

Para desenvolver a adaptabilidade é preciso ser flexível e resiliente.

4 Formas de desenvolver a resiliência

Muitos de nós conhecemos a resiliência como sendo a capacidade de um material de retornar ao seu estado anterior, após passar por um trauma por pressão mecânica.

Entretanto, no caso de pessoas, eu entendo que isso não seja possível.

Na minha opinião, nossas experiências nos transformam, de uma forma ou de outra. Não é possível passar por uma experiência traumática ou de intensa pressão sem que isso não nos altere.

Alguns lidam de forma proativa e extraem lições valiosas que os elevam em relação ao propósito e a forma de enxergar a vida. Outros, sucumbem a experiência.

Existe uma maneira de lidar com as situações desafiadoras que é justamente compreender:

A. O que está em nosso controle: ações efetivas que podemos ter que podem solucionar os problemas.

B. O que não está em nosso controle: compreender variáveis que não dominamos e que portanto, não devemos focar nosso interesse.

C. O que podemos influenciar: perceber que atitudes podemos ter para influenciar situações ou pessoas de modo a impactar nossos resultados.

D. O que devemos aceitar e assim mudar a nossa percepção em relação ao fato.

Para testar a ferramenta na prática, eu peço que você pense em uma situação ou pessoa desafiadora e busque responder as questões acima.

Ser resiliente também passa por escolher evitar ações que pioram nossa situação ou nos afastam de nossos objetivos.

Além disso, algumas ações podem impactar nosso estado emocional e influenciar a maneira como nos sentimos. Isso é importante porque nossos sentimentos, também influenciam nossos resultados.

1. Tenha clareza de seu propósito: O seu “por quê” representa seus valores e forças, ou seja quem você é na essência.

O propósito também é um guia que nos indica o que e quem devemos valorizar em momentos difíceis.

2. Ações de autocuidado:

Os pilares do florescimento, isto é, da presença de emoções positivas em nossa vida, nos ajudam no enfrentamento de situações turbulentas.

Essas ações, são uma forma de potencializar essas emoções e fazer escolhas melhores que podem influenciar nossos resultados. São elas:

  • Bem-estar físico: cuidar da alimentação e fazer exercícios físicos regulamente trazem saúde física e mental. O sono e o descanso também são fundamentais.
  • Gerenciamento emocional: conhecer as próprias emoções, faz com que a gente gerencie o estresse do dia a dia de forma adequada.

Também nos auxilia a compreender como estão as nossas necessidades emocionais e de que forma podemos agir com inteligência, evitando conflitos e comunicando de forma assertiva nossos objetivos.

Quer aprender a gerenciar as próprias emoções? Conheça meu programa Florescer.

  • Conexões significativas: saber quem são as pessoas que nos apoiam e e com quem podemos contar nos momentos de adversidade, faz toda diferença.
  • Gratidão: exercitar a gratidão implica em reconhecer o que funciona, o que está “dando certo”, o que temos para valorizar na vida. Essa percepção positiva da realidade, favorece a busca por soluções em momentos adversos.

Fica claro reconhecer o motivo disso ser importante, certo?

Empresas e pessoas mudam, o tempo todo.

Lidar com as mudanças implica em lembrar que todo nosso crescimento ocorre a partir de mudanças. Assim, desde sempre somos solicitados a abandonar a velha e conhecida “zonal de conforto” e partir em uma jornada rumo ao desconhecido.

AS mudanças tampem são uma realidade nas empresas, e eu tive a oportunidade de conduzir um treinamento sobre o assunto com o time da CDP. Discutimos com fermatas práticas como desenvolver o quociente de adaptabilidade.

Treinamento para time CDP ( Carbon Disclosure Project), sobre resiliência e adaptabilidade, acervo Leticia Rodrigues

E você? Tem dificuldade de lidar com alguma mudança? Lembre-se que toda crise é uma oportunidade. Conte comigo para esse momento.

Quer levar essa discussão para sua equipe? Vou adorar fazer isso com você?

Quais mudanças você acredita que forma cruciais para que você se tornasse quem é hoje?

Um abraço,

Letícia Rodrigues

Que sou eu?

  • Sou Leticia Rodrigues, psicóloga e fundadora da Fiorire Consultoria.
  • Atuo com desenvolvimento de pessoas, ajudando empresas e profissionais em seus desafios corporativos.
  • Desenvolvo programas de gerenciamento emocional, desenvolvimento de habilidades e gestão de carreira.
  • Já treinei colaboradores de empresas como SBT, MetLife , Nike, London Stock Exchange  sobre temas como Inteligência Emocional, Motivação, Comunicação Assertiva e Saúde Mental Corporativa.
  • Fui eleita Top Voice Linkedin
  • E uma das 100 pessoas escolhidas como participante do Programa de Aceleração de criadores de conteúdo do LinkedIn, onde sou LinkedIn Creator.